terça-feira, dezembro 12, 2006

O salto...

Alguém apareceu sem aviso na minha vida!
Gerando, empatias, criando risos largos e abertos. Despertando sonhos e desejos escondidos de os realizar.
Alguém teve a capacidade de me devolver condição humana, de Duende e de Mágico e de quem não pode equilibrar em baixo de um só pé tão fina e doce linha de algodão.
Rapidamente podia cair, sem certeza de qual o lado a receber tão estrondosa queda. Precipitadamente teria que escolher sem ponderar, sonhar…e céus…muito menos chorar.
Na crença milenar, quando morremos temos que atravessar uma ponte fina e afiada como o gume de uma espada. Se o conseguirmos chegamos ao Paraíso…
Receio não os ter…aos Paraísos. Tenho medo de querer viver demais, de pedir demais, de berrar para que os meus brinquedos não desapareçam.
Quero continuar com a ilusão de conseguir suportar tanta vida e sentimento, tanta culpa e sorrisos doces…

Resta-me olhar para dentro, para o fim de uma velha ponte rodeada de breu, que se partiu a meio indicando um vácuo aterrador. Tudo se resume a uma pequena interrogação, traduzida num enorme salto.

2 comentários:

Anónimo disse...

...só assim faz sentido....de aperto monstro no peito...e de vez em quando humano, no mais violento estado....

e não estás só...



(as melhoras*)

ananda disse...

Lindo, arrebatador, doce, sonhador... E teria muito mais adjectivos para este texto! Adorei!
Beijinhos!